Eu me chamo
Bruno e tenho 3 anos.
Eu tenho
uma estrela, sabe?
Uma
estrelona, linda, que está lá no céu, brilhando, todos os dias.
Ela nasceu
quando mama dise que,
EU TERIA
QUE PARAR DE USAR A MINHA QUERIDA CHUPETA VERDE!
- A chupeta
ou o dente! – ela me mandou escolher.
Bom, eu nem
quis ouvir direito essa proposta tão maluca!
Na primeira
noite em que fiquei sem a minha querida chupeta, só lembro de sentir o cheiro
da minha mãe, que me carregou no colo enquanto papai dirigia nosso carro,
passeando em frente ao meu parque preferido pra ver se eu enfim conseguia pegar
no sono…
No dia
seguinte fui com minha mãe ao parque e levei pão para dar aos patos que moram
num lago bem bonito que tem lá. Um pato maior e mais cinza que os outros me
chamou a atenção. Ele veio várias vezes comer pão na minha mão e eu gostei
dele. Parecia o patinho feio da história que meu pai sempre contava antes de eu
dormir.
Mamãe chegou perto de nós e disse que aquele
era mesmo um pato especial. Ele costumava tomar conta das chupetas de alguns
meninos. E fazia isso muito bem: ele transformava todas em estrelas!
Superlegal!
Pus o nome naquele pato de Pato Pão. Eu não
queria a minha chupeta…
Talvez o
Pato Pão fosse a solução para o meu problema!
Então… resolvi dar a minha chupeta verde para
ele. Ele pegou minha chupeta verde com o bico e atirou longe, no lago.
Eu fiquei
olhando para ela boiando, boiando… até desaparecer… Na hora de entregar a minha
chupeta verde, mesmo para um pato tão especial como o Pato Pão, eu segurei bem
forte a mão da minha mãe!
Enquanto a
minha chupeta verde ia embora no lago, pensei que naquela noite ela não ia
estar embaixo do meu travesseiro. Eu teria que ir até a janela se quisesse dar
uma espiada nela.
Quando a noite apareceu, meu pai chegou do
trabalho e se deitou na cama comigo, olhando pro céu, procurando a minha
estrela-chupeta verde. Eu vi primeiro e nós dois batemos palmas pra ela! Aí eu
só me lembro de adormecer com aquele brilho de estrela no meu olho e a sensação
do abraço enorme do meu pai.
Todas as vezes em que penso na minha chupeta,
olho pro céu, procurando a estrela-chupeta verde. Agora, a saudade, em vez de
crescer como eu, fica menor a cada noite. Deve ser porque meninos grandes
gostam mais de estrelas no céu do que de chupetas, eu acho.
QUEM MORA NA CASINHA VERMELHINHA?
QUEM MORA
NA CASINHA AZULZINHA ?